“Olhares Plurais sobre Memória e Identidade” destaca fotógrafas negras no Solar dos Mellos
A memória e a identidade da cultura negra estão em foco no Solar dos Mellos, que recebe a exposição “Olhares Plurais sobre Memória e Identidade”. A mostra, aberta nesta quinta-feira (16), reúne obras de sete fotógrafas negras de diferentes regiões do Estado do Rio de Janeiro e convida o público a refletir sobre pertencimento, representatividade e ancestralidade.
A visitação é gratuita e segue até o dia 14 de novembro, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, na Rua Conde de Araruama, 248, no Centro de Macaé.
🌿 Arte, memória e sensações
A abertura contou com uma vivência especial com alunos da Escola Municipal Maria Isabel Damasceno, que participaram de uma experiência que uniu fotografia, diálogo e gastronomia.
A chef Bell Mellsert preparou uma degustação com elementos típicos da cultura fluminense, como o feijão e o polvilho, enquanto a socióloga Carine Passos falou sobre a importância da preservação da memória e das múltiplas expressões da identidade negra.
“Receber o Coletivo Olhares Plurais no Solar dos Mellos amplia o repertório dos alunos da rede. Essas experiências fortalecem nossa identidade cultural enquanto cidade e cidadãos macaenses”, destacou Waleska Freire, secretária de Cultura.
A palestra contou ainda com tradução simultânea em Libras, reforçando o caráter inclusivo da programação.
📷 Um olhar plural sobre o pertencimento
Idealizado por Simone Kalil, o projeto propõe reconhecer e valorizar as diversas formas de ver e viver a negritude.
“A ideia é mostrar que, apesar das semelhanças, há uma pluralidade de percepções sobre o mesmo tema. Queremos aproximar jovens e a comunidade de espaços de memória e fortalecer o reconhecimento das identidades negras”, afirma Simone.
Entre os nomes que compõem a exposição estão as fotógrafas:
Anna Karoline Lima, Camila Bózeo, Esther Januário, Fernanda Dias, Izabelle Brum, Maria Eduarda Ramos e Marina S. Alves.
A iniciativa é realizada pelo edital “Nossos Museus”, dentro da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), com apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro.
💬 A estudante Giovana Ângela Andrade da Silva, de 11 anos, resumiu bem o impacto da experiência:
“Achei muito bonito. Nunca tinha visto uma exposição assim de perto. É bom aprender e conhecer mais sobre a história da nossa cidade.”

